No ano de 2011, com o projeto (À) Deriva Metrópole São Paulo, o coletivo experimentou uma relação de nomadismo com a cidade.  A proposta foi percorrer em um ano as cinco regiões, concentrando-se nos bairros situados nos extremos, que são zonas de fronteira. Nesta situação, criamos uma abordagem diferente com os praticantes de cada bairro; não havia uma proposta de algum centro agregador – como uma escola, uma associação de bairro –, mas as abordagens eram feitas em fluxo, com permanências menores, porém com uma imersão mais intensa no seu cotidiano. Com tal inversão, passamos a vivenciar menos o espaço escolar e mais o universo da rua, em fluxo com os espaços de convívio dos moradores, praças, mercados, padarias e até mesmo suas casas.

As ações artísticas aconteceram em cinco localidades do município de São Paulo: Santa Cecília (centro), Marsilac (zona sul), Jd. Pantanal (zona leste), Perus (zona noroeste) e Tremembé (zona norte). Em cada região, permanecemos por aproximadamente dois meses. Em cada localidade, o processo culminava com uma intervenção urbana, construída a partir da vivência com os moradores e, geralmente, contando com a participação deles.

Ao final do trabalho todo foi construído um documentário sobre toda a deriva e uma revista, com textos de moradores de cada região. O coletivo retornou a cada bairro para projetar o documentário e distribuir a revista produzida para participantes e moradores.

Em 2011 foram captadas mais de 60 horas de vídeos com depoimentos de moradores, ações e deslocamentos entre os bairros, e o coletivo produziu com isso um documentário de 39 minutos. No ano de 2015 sai um Extra do (À) Deriva Metrópole São Paulo, com imagens e depoimentos inéditos.